Você é uma pessoa controladora?


Ter uma vida organizada é algo que muitos de nós almejam, porém poucos conseguem. Isso acontece porque é preciso ter disciplina, uma mente analítica, boa vontade e persistência, o que nem sempre é fácil, desejável ou agradável.
Quem tem a capacidade de organizar a rotina consegue realizar muitas coisas e assumir diversas responsabilidades. Porém, quando controlar se torna o centro da vida e a única realidade, essa pessoa pode simplesmente perder de vista o essencial e, assim, sofrer uma série de malefícios, incluindo crises de ansiedade, doenças e até rompimentos afetivos.
Veja abaixo algumas características que podem sugerir que uma pessoa é controladora.
  • 1
    Invasão de privacidade - se não confiamos no outro, iremos querer controlá-lo. Para isso funcionar, teremos que obter o máximo de informações possíveis, levando-nos a ações pouco éticas, como invadir contas de email ou de redes sociais, bisbilhotar carteiras e telemóveis, ou ainda especular com conhecidos. Este tipo de atitude pode não ser descoberta, mas com certeza semeia a discórdia e cria um abismo entre você e a pessoa vigiada, pois a sua desconfiança modifica o seu comportamento e a entrega ao relacionamento não é a mesma. Fora as brigas que acontecem apenas por causa de suas impressões e não devido a fatos reais.
  • 2
    Falta de limites - se achamos que temos o direito de controlador o outro, podemos muitas vezes tomar decisões à revelia dele ou contar sobre a sua vida íntima, sem pensar nas consequências emocionais para a pessoa envolvida.
  • 3
    Sentimento de omnipotência - quando temos muita eficiência, podemos propagar a falsa ideia de que somos insubstituíveis. Assim, acreditamos que somos "donos da verdade", não aceitando ideias nem sugestões alheias, por melhores que sejam. Além disso, existe a tendência de passar literalmente a mandar nos outros, exigindo que façam e vivam como nossa imagem e semelhança.
  • 4
    Medo da novidade - se gostamos de controlar, isso significa que as coisas devem sempre acontecer de determinada forma, a rotina precisa permanecer, imprevistos não podem surgir. Porém, a vida não é um programa de computador (e mesmo este muitas vezes prega-nos partidas!). O fato é que se algo, fora de nosso planeamento aparece, perdemos o equilíbrio, ficamos nervosos, tensos, lutamos contra ao invés de simplesmente lidar com a questão e nos adaptarmos.
  • 5
    Sobrecarregamento - se partimos do pressuposto de que as pessoas não são confiáveis ou não irão fazer as coisas certas (leia-se "do nosso jeito"), a tendência é acumularmos cada vez mais funções, tarefas, atividades e responsabilidades, ficando exaustos e insatisfeitos. Afinal, acabamos por não conseguir relaxar, nem nos divertirmos, pois sempre haverá sempre algo para ser feito, analisado, supervisionado, acompanhado. Nestas horas, aprender a delegar é uma atitude salvadora.
Se reconheceu em algum desses itens? Veja algumas dicas para usar apenas o lado bom do controle:
  • Humildade - lembre-se que o mundo não gira à sua volta, assim, nem tudo depende de si e, errar é normal e esperado, não significando que você sejo menos por causa disso.
  • Liberdade - deixe as pessoas expressarem-se livremente. Você só vai descobrir se alguém realmente é bom o deixar mosstrar  do que é capaz. Se você tomar sempre a dianteira, nunca será surpreendido.
  • Paz de espírito - faça Meditação, relaxamento, Yoga, Tai Chi Chuan, tome florais, faça terapia, tire férias, fique em contato com a natureza. O importante é ter calma e tranquilidade, pois suas ações serão mais certeiras e você sofrerá menos.
  • Diversifique - não resuma sua vida a atividades úteis. Coloque cor, alegria e diversão nela, fazendo outras coisas, inclusive aquelas que não vão levá-lo a lugar nenhum, mas que lhe trarão mais satisfação pessoal.

Fonte: Vanessa Mazza, personare


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